Teresa...adorei!

Pois, eu confesso, não consegui resistir.

Tive de ver qual o livro que me ofereceste, mas não te preocupes, porque o voltei a embrulhar, para o abrir de novo hoje...



Li o meu último livro de Isabel Allende há já muitos anos, adorava a autora, mas, na altura, achei que tinha de fazer uma pausa nos seus livros e seguir outros caminhos.

"Paula" é um livro que gostei muito, é uma auto-biografia romanceada que se centra na morte da sua filha, dai o nome do livro. É por este motivo um livro muito intenso e intimista.

Já tinha pensado em voltar a ler um livro de Isabel e desde que saiu "A Soma dos Dias" soube que era esta continuação de "Paula" que queria ler.

Coimbra

Cidade linda que marca a sua imagem nas águas do Mondego e na alma de quem por lá passa.
Branca, alva e feliz ou escura, sombria e triste.
Nunca contornável.

Momentos

Ainda hoje quando, por algum motivo, me deparo com o nome John Malkovich lembro-me imediatamente de uma cena sua, para mim inesquecível e sublime, no filme "Ligações Perigosas".
Perante uma Michelle Pfeiffer devastada pela incompreensão do que está a suceder e implorante, o único que o personagem de Malkovich, seu amante, diz é "It's beyond my control"..."It's beyond my control".

Vale mesmo a pena!

Outra vez o Clube de Leitura.
É a primeira vez que entro numa actividade deste tipo, tinha as minhas expectativas e elas foram todas correspondidas.
Tal como se gosta de ir ao cinema com companhia para poder ter no final com quem comentar o filme, o mesmo se passa com quem gosta de ler.
É muito gratificante discutir uma obra lida com um grupo de pessoas que também a leram. A interacção que se cria é muito proveitosa levando-nos a aprofundar ideias, a ver as coisas de diferentes prismas, a pensar em algo que não nos tinha ocorrido aquando da leitura.
Por este ano já acabaram as reuniões, mas para o ano lá nos encontraremos para um novo ciclo de leituras.

Clube de Leitura - Dezembro

Um mês, um livro, um excerto... sem comentários, porque as palavras falam por si.

Os Diários de Jane Somers - Se os velhos pudessem..., Doris Lessing
"Sentámo-nos bem afastados um do outro, e não foram separações futuras que eu chorei, no filme, mas o presente, o agora, naquele pequeno cinema, o meu preferido, onde tenho estado tantas vezes, quase sempre sózinha, com um intenso prazer secreto, como quem come chocolate às escondidas sabendo que não deve. Mas não esta tarde. Não conseguia sentir Richard como geralmente sinto, como uma extensão eléctrica de mim mesma, pois havia ali um peso. E quando os amantes foram apanhados pelas multidões, no fim, e ele tentou alcançar o seu amor perdido, as pessoas agitavam-se e redemoinhavam a toda a sua volta, de maneira que ele não pôde mexer-se, e depois deixou mesmo de a ver, e ela partiu, para sempre - neste momento o que eu senti foi: E que tem isso? É o que sempre acontece."
"Pensava em todos eles como possuidores de algum tesouro que menosprezavam; uma herança maravilhosa, mas não a conheciam - embora dos vastos desertos lhes cheguem avisos suficientes, nada do que eu ou qualquer outra pessoa possa dizer fará a mínima diferença.
Um punhado de anos, e de manhã acordarão e saberão que existe uma barreira inexpugnável entre eles e o que podiam ter tido, mas não tiveram por que não quiseram."

É Natal, é Natal!


Há coisas que não aprecio no Natal, mas no geral posso dizer que gosto da época, em especial, das decorações com muitas luzinhas acompanhadas de música natalícia.
BOM NATAL!!!

Outra vez Seinfeld!


IMPARÁVEL!

Por um lado quero ver tudo de uma vez, por outro tento não ver muitos episódios por dia, para o prazer durar mais tempo.

Vale todos os eurinhos gastos...

Clube de Leitura - Novembro

Um mês, um livro, um excerto... sem comentários, porque as palavras falam por si.
Mariana Alcoforado, Catherine Vaz
Excerto da terceira de cinco cartas:
"Não sei o que sou, nem o que faço, nem o que quero; estou despedaçada por mil sentimentos contrários. Pode imaginar-se estado mais deplorável? Amo-te de tal maneira que nem ouso sequer desejar que venhas a ser perturbado por igual arrebatamento. Matar-me-ia ou, se o não fizesse, morreria desesperada, se viesse a ter a certeza que nunca mais tinhas descanso, que tudo te era odioso, e a tua vida não era mais que perturbação, desespero e pranto. Se não consigo já suportar o meu próprio mal, como poderia ainda com o teu, a que sou mil vezes mais sensível? Contudo, não me resolvo a desejar que não penses em mim; e confesso ter ciúmes terríveis de tudo o que em França te dá gosto e alegria, e impressiona o teu coração.
Não sei porque te escrevo: terás, quando muito, piedade de mim, e eu não quero a tua piedade. Contra mim própria me indigno, quando penso em tudo o que te sacrifiquei: perdi a reputação, expus-me à cólera de minha família, expus-me à cólera de minha família, a severidade das leis deste país para com as freiras, e à tua ingratidão, que me parece o maior de todos os males. Apesar disso, creio que os meus remorsos não são verdadeiros; do fundo do meu coração queria ter corrido ainda perigos maiores pelo teu amor, e sinto um prazer fatal por ter arriscado a vida e a honra por ti. Não deveria oferecer-te o que tenho de mais precioso? E não devo sentir-me satisfeita por ter feito o que fiz? O que me não satisfaz, pelo menos assim me parece, é o sofrimento e o desvario deste amor, embora não possa, pobre de mim!, iludir-me a ponto de estar contente contigo. Vivo - que infidelidade! - e faço tanto por conservar a vida como por perdê-la! Morro de vergonha! Então o meu desespero está só nas minhas cartas? Se te amasse tanto como já mil vezes te disse, não teria morrido há muito tempo? Enganei-te, és tu que deves queixar-te de mim. Ah, porque não te queixas? Vi-te partir, não tenho esperança de te ver regressar e no entanto respiro. Atraiçoei-te; peço-te perdão. Mas não, não me perdoes! Trata—me com dureza. Que a violência dos meus sentimentos te não baste! Sê mais exigente!"