Peneda / Gerês & Vale do Douro




A minha última viagem... fiquei absoluta e incondicionalmente deslumbrada... pela natureza no seu estado bruto e pela natureza moldada pelo árduo trabalho do homem.


Com muita curva à mistura, e prevenida com comprimidos para o enjoo, lá conheci mais um pouco deste nosso cantinho, tão pequeno, mas tão rico na sua variedade.


O verde minho é lindo. A água é fonte de vida e lá se é coisa que não falta é água, esta ou cai do céu ou brota da terra, está em todo o lado, conspirando para a densa vegetação da região. Tão diferente do sul...


No parque natural vi vacas e cavalos selvagens, vi cascatas, vi a barragem do Lindoso, vi árvores centenárias, vi verde, mais verde, mais verde, vi .............. só faltou o percurso pedestre, o embrenhar na natureza mais profunda.


O Douro conquistou-me ao primeiro olhar e de forma avassaladora. Os socalcos, as vinhas a perder de vista, o rio... O caminho de Peso da Régua até ao Pinhão é deslumbrante, visto de baixo, na estrada N-222, e de cima, quando mudamos de perspectiva ao subir a uma das muitas quintas. E o vinho... hum... até o vinho do porto, que normalmente não bebo, lá torna-se obrigatório e é delicioso, saboreado assim na mística do espaço envolvente.


Portugal é lindo, essa é que é a verdade.


Tenho assim duas novas paixões, a juntar às duas que já tinha:


O barrocal algarvio, com o seu solo predregoso e árido, é a minha paisagem de eleição (não tivesse eu nascido aqui!). Adoro os laranjais e os montes onde imperam as alfarrobeiras e as amendoeiras.


A planície alentejana... planícies salpicadas de chaparros... planícies a perder de vista... rectas infindáveis... planícies multicolores na primavera, planícies cobertas de vinhas...

No mundo de ... Sophia

"A minha mãe adorava viajar", diz Miguel. "Transmudava-se. Eu entendia-me muito melhor em viagem com ela do que no quotidiano." Antes da Índia, viajaram juntos duas vezes. "A primeira foi quando eu tinha 18 anos, a Madrid e a Toledo, também com o meu pai. A segunda foi a Roma, só com a minha mãe. Fomos à Piazza Navona, que era a favorita, e ela ficou a beber chá e a fumar, imenso tempo. Eu a certa altura queria ir-me embora, ver outras coisas, e ela disse: 'Miguel, viajar é olhar.'"
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Excerto retirado do jornal "Público", mais aqui.

Um mergulho no mar

Haverá algo mais renovador?