Pedaço de história

Gravura de Tavira, século XVII.
«
Na revista de Março sobre o concelho de Tavira encontrei este pedaço de história:

“No passado era comum as mulheres solteiras com dificuldades financeiras abandonarem os filhos na chamada “Roda dos Expostos”. Esta forma de assistência tinha por competência criar as crianças abandonadas até atingirem a idade dos 7 anos. A Roda de Tavira era financiada pelos cofres camarários, por isso quanto maior era o número de crianças, mais despesa tinha a Câmara.
É uma preocupação financeira que está bem patente na acta camarária de 24 de Outubro de 1830. Através da denúncia do vereador Valente, ficamos a saber “(…) que na Freguezia da Conceição existia uma individa que todos os annos tinha um filho, que se dizia ser do Sacristão da dita Freguezia, e que devendo a Câmara olhar por estes dezacatos, que recahião ou pezavão aos rendimentos deste concelho, era do parecer se dessem providencias sobre este assunto(…)”.
Para evitar que a despesa camarária continuasse, foi deliberado na mesma acta que o regedor da referida freguesia “mandasse avizar a dita sugeita, chamada Roza”, para comparecer na sessão da Câmara seguinte, juntamente com Maria das Dores “a Rata” também da mesma freguesia, a fim de ser alertada para esta dispendiosa situação.”

3 comments:

Ianita said...

Na minha terra também há uma rapariga que tem 1 filho por ano... só que não os expõe e é sustentada pela Segurança Social. A evolução dos tempos...

Kiss

Rony said...

Sim, a evolução dos tempos... não das pessoas.

Bj

Susana said...

Olá Verónica. Andava a visitar blogues e informações sobre a Kiva e encontrei-a. Gostava de falar consigo sobre a sua experiência. Deixo aqui o meu contacto susanatribeiro@gmail.com. Obrigada e até breve