Sim, eu sou do tempo...


Do "Crime na Pensão Estrelinha". Passaram uma catrefada (linda palavra) de anos desde aquele Reveillon de 1990/91. Tudo verdadeiros artistas.

Na onda dos balanços


Assim muito resumidamente, lol:

2008 foi um bom ano, trouxe-me 2 coisas muito importantes.
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2009 vai trazer mais mudanças, sempre boas, porque o que é mau não tem ordem de entrada! MAI NADA!

Monsaraz

Mais uma pérola deste nosso cantinho à beira-mar plantado. A vila é do mais pitoresco e a vista é de cortar a respiração. Para saber mais aqui.
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A gastronomia da zona é de facto de comer e chorar por mais, que delícia que estava a açorda de bacalhau, as burras de porco, o cação de coentrada e as migas com entrecosto. Ah, e a carta de vinhos é extensa e com preços muito acessíveis. Isto em Reguengos de Monsaraz. Em Alqueva, o restaurante que escolhemos revelou-se um grande barrete...

BUIKA

No habra nadie en el mundo, Concha Buika

Descobri-a há pouco tempo. Uma negra com voz de gitana. Para quem gosta do estilo, imperdível.
Mais sobre Buika aqui.

KIVA

Vai fazer um ano que recebi como prenda de natal do mano um vale da KIVA. O meu barbeiro do Azerbeijão tá quase com o empréstimo pago, o que significa que em breve vou poder voltar a doar o dinheiro.

Praia da Arrifana

Não conhecia, fiquei apaixonada. O sudoeste alentejano e a costa vicentina são um deslumbre.
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Viver na Beira-Mar
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Nunca o mar foi tão ávido
quanto a minha boca. Era eu
quem o bebia. Quando o mar
no horizonte desaparecia e a areia férvida
não tinha fim sob as passadas,
e o caos se harmonizava enfim
com a ordem, eu
havia convulsamente
e tão serena bebido o mar.
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Fiama Hasse Pais Brandão

Versos

Hoje vi aqui a letra de uma música do Pedro Abrunhosa que não conhecia.
Os dois primeiros versos são simplesmente fantásticos!
Dei por mim a pensar: é isto mesmo...

Gosto de ti
como quem gosta do sábado

Portugal Proibido

Desde que vi o filme América Proibida que sempre que olho para o Mário Machado lembro-me do Derek.

Embora por pouco tempo, também já fui emigrante e felizmente nunca fui descriminada. Sendo nós um país de emigrantes, como se pode dizer algo como isto, mais ou menos: não tenho nada contra os imigrantes, desde que voltem todos para o país deles (José Pinto-Coelho).

Há inúmeras maneiras de ser racista. Ás vezes basta um olhar, uma palavra, um gesto. A diferença muitas vezes tem uma conotação negativa. Também já tive atitudes racistas, como tomar a parte pelo todo. Uma má experiência que se tem com uma pessoa de determinadas caracteristicas e que se passa a associar a todos os individuos com essas caracteristicas. E estas generalizações são muito perigosas. Tanto são racistas os que pertencem ao grupo dominante, como as minorias. Ninguém é perfeito.

Gone With the Wind

Ando com uma vontade enorme de rever "E Tudo o Vento Levou". É um dos filmes que mais gosto, começando pelo titulo, o qual acho tão poético e sugestivo...


As cenas finais (o diálogo entre Rhett e Scarlett e o solilóquio desta) são absolutamente memoráveis:

Scarlett: I must have loved you for years, only I'm such a stupid fool I didn't know it. Please believe me. You must care. Melly said you did.

Rhett: I believe you. And what about Ashley Wilkes?

Scarlett: I never really loved Ashley.

Rhett: You certainly gave a good imitation of it up to this morning. No, Scarlett. I've tried everything. If you'd only met me halfway, even when I came back from London.

Scarlett: I was so glad to see you. I was Rhett. But you were so nasty.

Rhett: And then when you were sick and it was all my fault. I hoped against hope that you'd call for me, but you didn't.

Scarlett: I wanted you. I wanted you desperately, but I didn't think you wanted me.

Rhett: It seems we've been at cross purposes, doesn't it? But it's no use now. As long as there was Bonnie, there was a chance we might be happy. I liked to think that Bonnie was you, a little girl again, before the war and poverty had done things to you. She was so like you, and I could pet her and spoil her - as I wanted to spoil you. But when she went, she took everything.

Scarlett: Oh, Rhett, Rhett. Please don't say that. I'm so sorry. I'm so sorry for everything.

Rhett: My darling. You're such a child. You think that by saying: 'I'm sorry,' all the past can be corrected.

Scarlett: Here, take my handkerchief. Never at any crisis of your life have I known you to have a handkerchief. Rhett, Rhett. Where are you going?

Rhett: I'm going to Charleston, back where I belong.

Scarlett: Please, please take me with you.

Rhett: No, I'm through with everything here. I want peace. I want to see if somewhere there isn't something left in life of charm and grace. Do you know what I'm talking about?

Scarlett: No. I only know that I love you.

Rhett: That's your misfortune.

Scarlett: Rhett, if you go, where shall I go? What shall I do?

Rhett: Frankly, my dear, I don't give a damn! (He leaves.)


Scarlett soliloquy:
I can't let him go. I can't. There must be some way to bring him back. Oh I can't think about this now! I'll go crazy if I do! I'll think about it tomorrow. (She closes the door.) But I must think about it. I must think about it. What is there to do? (She falls forward onto the ascending stairs.) What is there that matters?

...
...Tara!...Home. I'll go home, and I'll think of some way to get him back!

After all, tomorrow is another day!
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Duas frases ficam na memória. A maior tampa da história do cinema e a esperança no amanhã.

Espelho meu, onde andas...

Volta Zé Diogo, tás aperdoado...
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Lembro-me de uma rábula fantástica do Herman onde a Lídia Franco fazia de Fátima Bomba num programa de conversa tipo Oprah Winfrey.
O tema do programa era "Tenho um bigode ridículo e chacinei milhões de pessoas". O Hitler era um dos convidados... lol
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Zé, se começares para ai a chacinar, bem que podem fazer uma adenda a esse sketch.

LP's

Ontem a Samantha Fox esteve no canal 1 no programa "A minha geração". Tanto que eu ouvi este LP de 2 singles... herança do irmão mais velho. »
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Agora está bem guardado na garagem, juntamente com outros LP's. Tá lá também o "Zumba na caneca" da Tonicha (este é herança dos pais, lol), "A paixão" do Rui Veloso, os Guns, os Resistência, os Nirvana, entre outros.
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Lembro-me do som esquisito que saia do aparelho quando nos esqueciamos de acertar a rotação do disco. Agora já nem tenho leitor de LP's.

Ter um irmão mais velho quando se cresce é bom porque é como se ele fosse abrindo caminho para nós em várias coisas. Quando a maioria das minhas amigas ainda nem sabia o que era o Sepctrum, eu já me fartava de jogar no do meu irmão. Jogo favorito Target: Renegade, era só murros e pontapés, tantas horas a jogar...

MEC

Conheci o Miguel Esteves Cardoso através da Noite da Má língua, aprendi na altura a apreciar o seu humor corrosivo e dediquei-me a ler algumas coisas que escreveu. Depois caiu-me no esquecimento.
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Hoje voltei a encontrar-me com ele. É capa da revista sábado, onde dá uma entrevista e lembrei-me deste post do Pedro Ribeiro que já há muito tempo queria ver e hoje vi. Foi uma manhã com o MEC, já tinha saudades.

Buraka Som Sistema

Obrigatório votar aqui no Melhor Artista Europeu!
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Este som entra mesmo no corpo, para ouvir em volume máximo.

Felicidades


Parabéns miga
(ou será madrinha?! lol)

O regresso da roda e do verdadeiro artista

A primeira vez que vi a nova Roda da Sorte fiquei desiludida, mas à segunda vez já estava convencida. Acho que a reacção inicial se deveu ao saudosismo (senti falta do Cândido Mota, das porcazinhas, da Ruth Rita). Mas a verdade é que o Herman só precisa dele própio para fazer a festa, tudo o mais são figurantes e cenário.
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O Herman faz parte do meu imaginário, foi talvez a influência mais forte que tive enquanto crescia.
Lembro-me de mim e do meu irmão a rir desbragadamente e da minha mãe a resmungar a dizer que pareciamos parvos e que o homem não tinha graça nenhuma e que ela não gostava nada dele.
Lembro-me de passar horas com a Teresa a ver Herman.
Lembro-me das frases que agarrávamos e repetíamos vezes sem conta.
Lembro-me de ver a mesma coisa vezes sem conta, sempre a rir como se fosse a primeira vez.
Lembro-me... enfim, chega de saudosismo.

Prazeres

Gosto de ti desde aqui até à Lua,
Gosto de ti desde a Lua até aqui.
Gosto de ti, simplesmente porque gosto, e é tão bom viver assim...

"Adivinha o quanto gosto de ti", André Sardet

Este primeiro single do novo álbum "Mundo de Cartão" é simplesmente lindo. E o refrão fica no ouvido, repetindo-se a toda a hora.

Faróis de Portugal


Farol do Cabo Sardão, o último em que estive.

Gosto de visitar faróis, mais do que o farol em si, aprecio as paisagens e os promontórios deslumbrantes em que eles sempre se encontram.
Também deve ser interessante conhecer a história de cada um deles, um dia destes começo a dedicar-me a isso.
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E à noite existe, sem dúvida, uma beleza extra numa paisagem iluminada a espaços por um farol.

Não é 1 de Dezembro mas...

... porque o HIV existe e não custa mesmo nada fazer o teste.

CAD Faro

Tel: 289 812 528
Rua Brites de Almeida, nº6, 3º esq.
Horário:
14h às 19h
e 9h às 12h e das 14h às 17:30h
e 9h às 17:30h

Fractal

Muito, muito, muito resumidamente:
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Um fractal é um objecto geométrico que pode ser dividido em partes, cada uma das quais semelhante ao objecto original. O interessante disto é que esta exactidão matemática não se encontra apenas em imagens digitalmente criadas, mas na natureza. No caso do bróculo, ou da planta, conseguimos perceber a estrutura fractal a olho nú, mas existem tantos fractais no mundo que nos rodeia que nos escapam, porque só podem ser perceptíveis depois de ampliados ao microscópio.
A natureza é de facto incrível.

Lugares

Cada região tem o seu encanto, mas confesso que o Alentejo me seduz em particular. Os montes, vales e planicíes a perder de vista, os chaparros, as casas típicas, a comida, o vinho, as pessoas...
Foi no alentejo que tive a minha primeira experiência de Turismo Rural, na Herdade da Matinha. Não tinha sido a minha primeira escolha, mas ainda bem que lá fui parar.
O local é lindíssimo e isolado o suficiente, como convém.
A casa é extremante acolhedora.
E o melhor de tudo, o que dá vida, cativa e faz a diferença, as pessoas que nos recebem, os empregados e os donos, e a forma personalizada como o fazem.
Não costumo arranjar alojamento com jantar, mas visto que a reserva só podia ser realizada dessa maneira, aceitei (ainda bem!). Fui informada que o jantar seria gourmet e preparado, com produtos biológicos da quinta, pelo dono, o verdadeiro homem dos sete ofícios.
Depois de uma volta por Mil Fontes, regressámos a tempo de assistir ainda à preparação da sobremesa. O jantar, graças ao bom tempo, foi servido no alpendre. Podiamos escolher uma mesa conjunta, para um convívio mais alargado, ou uma particular, para um tet-a-tet privado. Quem sentisse frio podia aquecer-se com uma manta e/ou na fogueira a contemplar as estrelas.

Vejam aqui a apresentação desta herdade, e, se tiverem hipótese, vão conhecer, sempre com a melhor das companhias, como eu ;)

Diálogos

Ela: Então agora vamos para onde?
Ele: Tu só tens de me seguir, mais nada.
Ela: Então não me percas.
Ele: Vou tentar.

Pequenas grandes coisas

Tenho-me apercebido ultimamente da importância da imaginação na forma como se leva a vida.
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Acima de tudo, imaginação para surpreender e para fazer rir.
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Com imaginação facilmente se pode dizer "the best history is the one you're making everyday".
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P.s. Ianita, és uma catcher de frases ;)

After Eight

Acabei de comer um. Já não me lembrava que é tão bom!
Acho que todas as embalagens de chocolate deviam trazer o aviso "Produto altamente viciante".

Deolinda "Canção ao lado"

"cantar a tristeza rindo"
Ana Bacalhau - Voz Feminina
Pedro da Silva Martins - Guitarra Clássica
José Pedro Leitão - Contrabaixo
Luis José Martins - Guitarra Clássica
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“...O seu nome é Deolinda e tem idade suficiente para saber que a vida não é tão fácil como parece, solteira de amores, casada com desamores, natural de Lisboa, habita um rés-do-chão algures nos subúrbios da capital. Compõe as suas canções a olhar por entre as cortinas da janela, inspirada pelos discos de grafonola da avó e pela vida dos vizinhos. Vive com 2 gatos e um peixinho vermelho...”
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Ouvi-os pela primeira vez este verão ao vivo em Tavira. Fiquei apaixonada. Os outros são o Gotan Project, estes podiam ser o Projecto Dofa (eu sei, não soa nada bem, Deolinda é bem melhor, lol), porque reinventaram, sem dúvida, o fado.
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Quem gosta de boa música portuguesa tem de descobrir este grupo.
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Patrice - Freepatriation "Clouds"


O que se ouve por estas bandas. Além de Jlo, é claro ;)

Angel Schlesser

Uma delícia.

Novo hobby

Dentro em breve iniciarei a minha carreira de jardineira. Quero plantar em primeiro lugar uma árvore, talvez um carvalho (Quercus). Ando a tentar saber o máximo sobre esta arte, comprei o "Guia prático de jardinagem" e algumas revistas. Mas cá me parece que preciso mesmo é de aprender com quem tenha saber prático e experiência.

O que é nacional é bom

Fui para fora cá dentro.
O melhor de tudo é conjugar lugares desconhecidos (ou não), mas sempre lindíssimos, com a companhia daqueles que adoramos e só vemos de vez em quando.
Pegar no carro e partir à aventura, ou à semi-aventura, porque os lugares de dormida já estavam todos acertados. Lol
Um desfilar de paisagens lindas pela janela do carro.
Paladares diferentes dos acostumados.
Estórias que se relembram.
Músicas que não ouvia há muito tempo.
Pronúncias e sotaques diferentes.
Sorrisos enormes de boas-vindas.
Uma surpresa deliciosa.
...
Lisboa. Viana do Castelo. Póvoa de Varzim. Porto. Leiria. Covilhã. Esposende. Barcelos. Guimarães. Braga. Ponte de Lima. Afife. Coimbra. Setúbal.
Ainda tanta coisa que ficou por conhecer, fica para uma próxima vez.

Brevemente...

O soltar das amarras e o zarpar do navio, para mais uma viagem.

Porto de abrigo

O atracar do navio, depois de um ano de viagem.

RAP


RICARDO ARAÚJO PEREIRA A SOLO
COMO FAZER COISAS COM PALAVRAS
, de John Austin
27 JUN A 5 JUL TERÇA A SÁBADO ÀS 22HOO

Pela primeira vez no palco, Ricardo Araújo Pereira a solo e a sério.

E que tal uma vinda ao algarve, a bem da descentralização cultural... Lol
Fico à espera.

Ingrid


Não me importam teorias, politiquices e sensacionalismos, o que realmente conta é que esta mulher, e alguns outros na mesma situação, foram finalmente libertados.
Admiro-a, porque sei que tinha e tem um sonho e por ele passou mais de 6 anos em cativeiro (felizmente não foram 27, como o Mandela). E sei que agora, livre de novo, a luta continua...

Sabor a México

Gosto muito da cozinha mexicana, e há um fruto que eles utilizam bastante nas suas comidas que gosto em especial, a pêra abacate.
Agora que estamos no verão, sabe mesmo bem guacamole acompanhado de uma cervejinha! Aqui fica a receita:

INGREDIENTES:
1 abacate
2 dentes de alho amassados
2 tomates sem pele e sem semente picados
½ cebola picada
1 colher de sopa de coentro picado
1 colher de sopa de cebolinha picada
pimenta malagueta a gosto
4 colher de sopa de suco de limão sal

Amassar o abacate, misturar os demais ingredientes. Servir com salgadinhos de pacote, tortillas ou torradinhas.

Jornal Sol - Livros para crianças 2.ª Série

A premissa é dar a conhecer aos mais pequenos grandes obras da literatura portuguesa, claro que isto agrada também aos graúdos...

Júlio Dinis
As Pupilas do Senhor Reitor
Uma Familia Inglesa
F. Pessoa
Mensagem
Camilo C. Branco
A Brasileira de Prazins
Pêro Vaz Caminha
Carta a El-Rei Dom Manuel sobre o achamento do Brasil
Gil Vicente
Auto da Índia
Auto de Mofina Mendes
Alexandre Herculano
O Bobo
Eça de Queiroz
O Mandarim
O Primo Basílio
O Crime do Padre Amaro
A Ilustre Casa de Ramires
Fiz a primeira colecção e estou a fazer esta, os livros estão bem adaptados e as ilustrações são muito cativantes. Vale mesmo a pena. Custam 2,50 euros, não é necessário comprar também o jornal.

Livros

Por ter falado recentemente em livros baseados em factos reais, lembrei-me de dois que me marcaram bastante na fase "teen" das nossas vidas.


"Daqui ninguém sai vivo", biografia do Jim Morrison.










"Os filhos da droga", Christiane F.








Prazeres



Será que é este fds que inauguro a época balnear?

Quer-me parecer que sim :))

Alves Reis

Alves Reis - Uma história portuguesa, Francisco Teixeira da MotaConfesso que não gostei da maneira como o autor relata os acontecimentos ou conta a história. Por exemplo, compreendo que devido à história que é as datas sejam de extrema importância, mas a sua constante repetição, aliada aos avanços e recuos na narrativa, leva a que o leitor se perca e tenha de estar constantemente a voltar a trás, pelo menos a mim aconteceu-me isso.

Não obstante estes percalços, li o livro de um trago. Porquê? Porque a figura e a história de Alves Reis são fascinantes. É considerado o maior burlão da história portuguesa, e um dos maiores do mundo! Não é fácil ser o único cabecilha (todos os comparsas também não sabiam no que de facto estavam a colaborar) de um gang que foi responsável pela falsificação de notas de 500 escudos, falsificação esta que foi realizada no mesmo sítio onde o Banco de Portugal mandava fazer as suas notas!... Loool

Fiquei com imensa pena de não ter visto a série que passou na RTP, escrita por Moita Flores, sobre Alves Reis.

Ao ler este livro lembrei-me daquele filme "Apanha-me se puderes", também baseado na história real de Frank W. Abagnale, um homem que à beira dos 21 anos se faz passar por piloto, advogado e médico… sem qualquer habilitação para tal!

Iniciei com este livro um ciclo de leituras sobre personalidades.

Ainda não decidi o que ler a seguir, mas dentro do mesmo género de Alves Reis gostaria de ler sobre a D. Branca, a chamada "Banqueira do povo", uma velhinha que utilizava o seu aspecto frágil e indefeso para enganar tudo e todos, e bem que o conseguiu!

Também gostava de ler a biografia de Natália Correia, parece que ela foi a verdadeira mulher furacão!

O Jim Jones também está em lista de espera (embora não saiba se há uma biografia dele em português). Neste caso a burla assume contornos mais graves, visto tratar-se de um líder religioso. Mas o "carisma" ou lábia, em bom português, que este homem não deve ter tido, para conseguir criar uma seita daquele tamanho. E como ele tantos outros... Só que esta história acabou em tragédia, com o maior suicidio em massa (ou assassinato) da história.

E claro, tenho de falar na biografia de Gabriel Garcia Marquez "Viver para contá-la", foi tão fortemente recomendada que tenho mesmo de a ler, não é Carla?

Pessoa

A propósito das comemorações dos 120 anos do nascimento de Fernando Pessoa, no dia 13 de Junho de 1888, deixo aqui um poema do meu heterónimo favorito, Ricardo Reis.
Gosto de toda a obra de Pessoa, mas este heterónimo, pela sua influência clássica e pela sua alma torturada, sombria e pessimista, cativa-me especialmente.
Este poema é bastante elucidativo do seu ser. A constante busca da dormência das emoções, a anulação dos prazeres da vida, mas também das dores.

Ode
Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio

Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlacemos as mãos.)

Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,
Mais longe que os deuses.

Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer nao gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente
E sem desassosegos grandes.

Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz,
Nem invejas que dão movimento demais aos olhos,
Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,
E sempre iria ter ao mar.

Amemo-nos tranquilamente, pensando que podiamos,
Se quise'ssemos, trocar beijos e abrac,os e carícias,
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
Ouvindo correr o rio e vendo-o.


Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as

No colo, e que o seu perfume suavize o momento
- Este momento em que sossegadamente nao cremos em nada,
Pagãos inocentes da decadência.

Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-as de mim depois
Sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova,
Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos
Nem fomos mais do que crianças.

E se antes do que eu levares o o'bolo ao barqueiro sombrio,

Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti.
Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim - à beira-rio,
Pagã triste e com flores no regaço.

Passeio no rio Guadiana

Não era um navio como nos cruzeiros, mas também não fui a trabalho!
E a companhia foi do melhor ;)



A Filipa e o Record com a reportagem da primeira vitória de Portugal sobre a Turquia no
EURO 2008.


A Marisa a contribuir um pouco mais para o bronze espectacular que já tem... e ainda tamos no princípio do Verão!

"Les Demoiselles d'Avignon"

Ou As Bacantes, como eu gosto de chamar a este quadro.

Em Coimbra pertenci a uma tertúlia chamada "As Bacantes", com sede e livro de registos no típico e insubstituível "Pinto".
Como se dizia: mais vale estar no Pinto a pensar nas aulas, do que estar nas aulas a pensar no Pinto.
Ah!, aquelas febras com ovo a cavalo e arroz de pimento (e muito óleo à mistura).
A Dona Adelina e o Sr. Pinto. As minis. O traçadinho.
A tertúlia acabou por ter uma vida curta. Hoje em dia só mantenho contacto regular com outra das bacantes. Mas apesar de tudo........ Foram momentos felizes que recordo com saudade!

Sob o manto diáfano de Diónisos ou Διώνυσος

Embriagai-vos

Deve-se estar sempre embriagado.
Nada mais importa.
Para que o horrível fardo do Tempo
não vos pese sobre os ombros
e vos faça pender para a terra,
deveis embriagar-vos sem cessar.
Mas de quê? De vinho,
de poesia
ou de virtude,
à vossa escolha.
Mas embriagai-vos.

E se um dia, nos degraus de um palácio,
na erva verde de uma valeta,
na solidão baça do vosso quarto, acordais,
já sóbrios,
perguntai ao vento,
à onda,
à estrela,
à ave,
ao relógio,
a tudo o que foge,
a tudo o que geme,
a tudo o que rola,
a tudo o que canta,
a tudo o que fala,
perguntai que horas são;
e o vento,
a onda,
a estrela,
a ave,
o relógio,
responder-vos-ão:
" São horas de vos embriagardes!
Para que não sejais os escravos martirizados do Tempo,
embriagai-vos sem cessar!
De vinho,
de poesia
ou de virtude,
à vossa escolha"

Baudelaire

Prazeres

Pois, a fnac é uma perdição... Esta é a minha última aquisição.Já conhecia o Rick Gervais da série "Extras" e agora encontro-o nesta premiada comédia. Palavras para quê?

Adília Lopes

A CORTINA DE FERRO

Estive deitada
A Lua
varia
com o Sol
na razão inversa
do quadrado
da distância
e na razão directa
do cubo
do quadrado
do quarto
do quartzo
A fórmula
é engolida
de um trago
para o segredo
ser secreto

E eu vou
num voo
ter contigo
meu amor
longínquo
longitudes
e latitudes
estimadas

Marianna Alcoforado
sente-se 007
mas senta-se

Professores

A propósito do post sobre a Doutora Maria Helena da Rocha Pereira, comentou-se acerca de professores que nos marcaram. Para mim há dois nomes inesquecíveis.
Maria de Fátima Sousa e Silva - Fui sua aluna em Latim, Grego e Literatura Grega.
Porque é uma professora completa, alia o vastíssimo conhecimento científico a uma excelente pedagogia. As suas aulas eram sempre interessantes e estimulantes, mesmo as aulas de tradução, que por regra tedem a ser mais monótonas e paradas.
Só ela conseguiu fazer com que eu, de facto, aprendesse algo da língua grega.
Sob a sua tutela, autores como Homero, Eurípedes, Sófocles, Ésquilo, Heródoto e Aristófanes, ou Petrónio e Cícero, tornaram-se mais acessíveis e queridos.
Osvaldo Silvestre - Fua sua discente a Teoria da Literatura
O único desgosto que tenho em relação a este professor é só o ter conhecido no último ano de faculdade... As suas aulas estavam sempre cheias, e não era por ele ser rígido no que tocava a presenças obrigatórias!
De tudo o que ganhei por ter sido sua aluna, destaco o ter começado a ver com outros olhos e a gostar da poetisa Adília Lopes.
Já agora, a professora que me marcou mais pela negativa foi a Cristina Mello da cadeira Didáctica da Literatura. Nem me vou alongar a dizer as razões...

Prazeres

A ÚLTIMA HORA (25th Hour)
Realizador: Spike Lee
Actores: Edward Norton, Barry Pepper, Philip Seymour Hoffman, Rosario Dawson e Anna Paquin
Ano: 2002

Ano de 2002, cidade de Nova Iorque, uma história de vida, crónicas de grandeza e decadência. Monty Brogan (Edward Norton) é o arquétipo do delinquente de bom coração. Ele é um traficante de drogas caído nas malhas da DEA em consequência de uma denúncia e tem apenas 24 horas de vida em liberdade até que dê entrada numa cela. Nela irá passar sete longos anos de cativeiro. Para trás ficarão tempos em que se passeou em grande estilo pelos clubes mais exclusivos da cidade, guiou carros potentes, foi temido e respeitado. Agora Monty é um homem abatido, sofrido, e revive em memória os erros do passado apercebendo-se ainda dos perigos que lhe reserva o futuro. No presente consome-o a dúvida. A dúvida de que a namorada Naturelle (Rosário Dawson), a quem ama, possa ter sido responsável pela sua detenção às mãos das brigadas anti-droga. Nestas derradeiras 24 horas ele irá tentar desfazer essa dúvida. E passar algum tempo com o pai (Brian Cox) e com os amigos de sempre que os rumos que tomara para a sua vida haviam afastado de si. Eles são o solitário Jacob (Philip Seymour Hofman) e o seguro de si Slaughtery (Barry Pepper).

Esta sinopse é extremamente redutora!
Não conhecia este filme, foi-me aconselhado pelo meu irmão visto eu gostar do actor Edward Norton. O Edward Norton é de facto soberbo, como de resto nos vem habituando. Mas o que mais retenho do filme é a qualidade dos diálogos e do monólogo, há muito que não via um filme tão bem escrito!
Também de realçar a maneira como está filmado, com excelentes planos, e as metáforas, em especial, a do cão.
O filme é de uma profunda densidade. Ainda agora, pesquisando sobre ele, continuo a aperceber-me de detalhes que na altura me escaparam.
Vou, sem dúvida, rever este filme, agora com uns olhos já mais experientes.

Vidas

Nos meus tempos de Coimbra a Doutora Maria Helena da Rocha Pereira já não leccionava, mas a sua áurea pairava sobre a faculdade de letras, em especial sobre o nosso instituto de estudos clássicos. Era como um mito vivo.
O seu percurso académico impõe respeito, reverência e admiração.
Este ano foi distinguida com mais um prémio.
Na sua 4.ª edição, o Prémio de Cultura Padre Manuel Antunes distinguiu a Professora Maria Helena Rocha Pereira.

Professora universitária e investigadora, licenciou-se em Filologia Clássica na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, em 1947, e doutorou-se em Letras na mesma Universidade, em 1956. Especializou-se em Estudos Clássicos na Universidade de Oxford, onde foi bolseira do Instituto de Alta Cultura. Tem outros diplomas, entre os quais o do Curso Extraordinário de Língua Hebraica da Faculdade de Letras de Coimbra.

Iniciou a sua actividade profissional no Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Porto, onde foi professora de Latim e depois também de Grego (de 1948 a 1957), mas fez a carreira universitária na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde ingressou em 1951 como segundo assistente de Filologia Clássica, foi professora catedrática titular da cadeira de Literatura Grega desde 1964, vice-reitora em 1970/71, presidente do Conselho Científico desde 1977 e directora do Seminário de Grego. Foi ainda directora do Instituto de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (de 1965 a 1966), directora da Biblioteca Central da mesma Faculdade (de 1965 a 1970), directora do Instituto de Estudos Clássicos (desde 1991) e presidente da Comissão Científica do Grupo de Estudos Clássicos (desde 1991). Membro da comissão redactora (desde 1951) e directora (desde 1993) da revista Humanitas, directora da revista Biblos (desde 1973), jubilou em 1995.

Organizou e participou em diversos congressos, colóquios, encontros científicos e seminários, em Portugal e no estrangeiro. A sua extensa obra, de mais de trezentos trabalhos, reparte-se entre livros, artigos em enciclopédias, recensões críticas, traduções do grego e do latim e artigos em revistas da especialidade como Revista da Universidade de Aveiro / Letras, Bracara Augusta, Portucale, Humanitas, Das Altertum, Memórias da Academia das Ciências de Lisboa / Classe de Letras, Studium Generale, Biblos, O Instituto, entre outras.

Em declarações ao SNPC, D. Manuel Clemente, Presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, sublinhou que a atribuição do Prémio distingue a excelência da actividade realizada pela Professora Maria Helena da Rocha Pereira numa área – Estudos Clássicos – fundamental, ainda mais nos dias de hoje, para formação da cultura e da identidade portuguesas.
A última vez que a vi foi em 2005 num congresso sobre Camões, onde ela aproveitou para bater uma sorna, porque a idade não perdoa!

Mudar de rosto

Uma mudança é como um recomeço, é a renovação de nós mesmos.
Como uma lagarta que vira borboleta.



A NÃO PERDER ... para quem está na terrinha!


As Obras Completas de William Shakespeare em 97 minutos

(The Complete Works Of William Shakespeare - Abridged) de Daniel Singer, Adam Long, Jess Borgeson.

Este espectáculo é uma condensação de alta velocidade, género montanha-russa, das obras do grande dramaturgo inglês, William Shakespeare.

Uma comédia / farsa hilariante, com João Carracedo, Manuel Mendes e Simão Rubim, que revisita as trinta e sete obras de Shakespeare: as tragédias, as comédias, as peças históricas e até os sonetos!

Este enorme êxito teatral português, conforme toda a crítica o atesta, está em cena há mais de 11 anos e foi visto por 184.426 espectadores. O espectáculo fez 146 digressões e 1.198 representações até à data.

TAVIRA, Cine-Teatro António Pinheiro / 16 Maio / 21h 30